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Abaixo compartilho um pouco da minha história.
Iniciei minha carreira acadêmica com um curso no SENAI Aprendizagem em Mecânica Geral. Desde de pequeno minha mãe falava: “Este menino vai ser engenheiro”. Eu sempre gostei de desmontar os brinquedos e monta-los novamente, conserta-los ou quando simplesmente não era possível conserta-los eu sempre montava coisas novas com as peças deles. Já na adolescência os meus pais procuravam me inscrever em algum curso destes programas profissionalizantes. Lembro-me de um vizinho que tinha conseguido ingressar no Colégio Salesiano, onde além dos estudos existiam oportunidades de emprego interessantes. Apesar dos esforços dos meus pais não consegui nenhuma vaga, fiquei bem chateado na época, mas eu não podia imaginar que Deus reservava planos maiores para mim.
Logo em seguida em meados de 2004 fiquei sabendo que o SENAI de Betim, cidade onde sempre morei, estava com vagas abertas para cursos de aprendizagem. Hoje em dia a legislação é diferente e permite que jovens de 14 a 24 anos estudem no SENAI, na minha época existia somente uma pequena janela onde só se podia se inscrever para as provas de admissão entre 15 e 16 anos, com isso só se tinha uma chance. Foi muito tenso, estudei muito e fui fazer a prova. Escolhi a mecânica sem ter que pensar muito. Graças a Deus e a minha força de vontade passei no processo e iniciei os meus estudos em um curso de Aprendizagem Industrial em Mecânica Geral. Com duração de um ano e seis meses eu pude aprender o básico da mecânica e me apaixonar ainda mais por este mundo industrial.
Olimpíada do Conhecimento – Fase Estadual 2005
Quando o meu curso de aprendizagem estava chegando ao fim (2005) fui apresentado a olimpíada do Conhecimento do SENAI. Para você que nunca ouviu falar da Olimpíada, em poucas palavras é o maior evento de educação profissional da América Latina. Os competidores desprendem muitas horas de treinamento em suas respectivas ocupações para alcançarem a excelência. Iniciei o treinamento para a ocupação de Manufatura Integrada esta ocupação é disputada em equipe eu e mais dois companheiros que eu considero como irmãos formamos o time que enfrentaria este grande desafio. Competimos na fase estadual onde obtivemos a medalha de ouro e garantimos nossa passagem para a fase Nacional.
Olimpíada do Conhecimento – Fase Nacional 2006 Evandro Santos / Maycon de Oliveira/ Magno Lara
Depois de mais de um ano de treinamento viajamos para recife onde competimos a na fase Nacional (2006) e obtivemos medalha de prata. Esta experiência é quase indescritível de forma plena, é um processo onde se aprende a teoria e pratica em uma velocidade extremamente rápida. Neste período tive oportunidade de conhecer a mecânica industrial melhor, entender como a mecatrônica se relaciona com tudo isso, ampliei a minha visão de processos industriais e para resumir cresci muito como um profissional.
Medalha de Ouro Olimpíada do Conhecimento Estadual 2005
Em 2006 após finalizar minha jornada na Olimpíada ingressei em um curso técnico em mecânica, eu precisava continuar a aprender e me especializar mais neste mundo tão fascinante para algumas pessoas como eu. O curso técnico foi a consolidação dos meus conhecimentos além de me proporcionar uma imensidão de conhecimentos novos.
Medalha de prata na Olimpíada do Conhecimento Nacional 2006
Terminei o curso técnico e depois de alguns meses participei de processo seletivo interno para instrutor. Graças a Deus e novamente pelo meu esforço consegui o tão sonhado emprego de instrutor. Em 2005 fui contratado como técnico Trainee depois de aproximadamente um ano fui promovido a monitor e depois de pouco mais de um ano consegui ocupar esta vaga de instrutor onde estou até hoje (2021).
Curso Software AVEVA – RJ 2010
Seguindo a tendência natural do mercado de trabalho mundial continuei estudando e fazendo diversos cursos de duração média.
Curso de Automação Industrial – RS – 2012
Em 2011 iniciei na Faculdade Pitágoras o Curso de Engenharia de Produção. Novamente um grande desafio pela frente. Durante o tempo em que cursei Engenharia estive envolvido em alguns projetos interessantes que quase viraram a minha vida de cabeça para baixo. Em paralelo vivi uma jornada de dominar a língua inglesa que você pode saber mais logo abaixo.
Treinamento Finlândia 2014
Finalizando a Engenharia (2015) sem perder tempo fiz uma pós-graduação (2016) em Gestão de Projetos pela Universidade Norte do Paraná, onde reforcei alguns conceitos aprendidos na Engenharia de Produção além de ampliar ainda mais meus conhecimentos na gestão como um todo.
Último dia de Aula da Engenharia de Produção – Amigos Preciosos
Meu conselho para você é nunca parar de estudar, traçar metas e objetivos de curto, médio e longo prazo para que você tenha caminhos definidos e possa caminhar por eles com dedicação, resiliência e muita força de vontade. Estudar não é fácil, acaba sendo muito maçante e cansativo, mas é um investimento que sempre, sem exceções traz frutos para a sua vida e a vida da sua família.
Colação de Grau de Engenheiro de Produção. 2015
Se você por algum motivo está pensando em desistir do seu curso, trancar a sua matricula largar tudo de uma vez eu te digo: Não faça isso! Dê o seu jeito! Se esforce ainda mais e continue indo em frente, o futuro te recompensará. Pense nisso como uma plantação, este é o tempo onde você tem que trabalhar muito, depois Deus dará as chuvas e clima favorável e aí sim você colherá os frutos do seu árduo trabalho.
Quer saber como eu aprendi? ... basta continuar lendo...
Resolvi escrever esta parte, diante do questionamento constante da maioria dos meus alunos sobre como eu aprendi a falar Inglês. Antes de contar a minha experiência, eu preciso comentar sobre algo que fiquei bem preocupado, uma propaganda que eu vi no youtube propondo fluência em inglês em quatro meses. Será que isto é mesmo possível? Em minha opinião ficar fluente em uma segunda língua em apenas quatro meses seria praticamente impossível. Mas mesmo assim seguem algumas considerações: Existem pessoas que tem muita habilidade em aprender novas línguas e já falam várias, para estas pessoas talvez, com muita dedicação seja possível dominar inglês em quatro meses, mas vamos ponderar a partir da média da população. Se você trabalha ou trabalha e estuda seu tempo é bem limitado, (assim como o meu. Kkk) então você precisa se organizar para ter tempo para os estudos, você não vai conseguir, por exemplo, se dedicar 8 horas por dia nesta empreitada. Como então uma pessoa com uma rotina normal pode fazer tal façanha?
Enfim, não acredito nisto.
É possível então aprender em um ano? Sim e não. Um ano é tempo razoável, com muita dedicação você conseguirá um nível intermediário muito bom. Se você tiver a oportunidade de fazer um intercâmbio você pode ultrapassar este nível intermediário e conseguir se comunicar perfeitamente, mas mesmo assim acredito que não será o suficiente para se sentir completo.
Falando um pouco sobre minha experiência... Eu cresci em uma família onde não se havia nenhum incentivo para o estudo de novas línguas, não culpo em nada os meus pais, eles sempre me incentivaram a estudar e eu devo tudo a eles, mas eles simplesmente não tinham conhecimento sobre este mundo. Já em minha adolescência descobri este fascinante mundo de descoberta de novos idiomas. Decidi então que gostaria de falar inglês. Muita coisa aconteceu em minha vida, foram muitos cursos no SENAI, uma participação na Olimpíada do Conhecimento, um curso aqui e outro ali, me casei e com tudo acabei deixando este objetivo um pouco de lado. Quando estava ali com uns 22/23 anos era insuportável continuar sem falar inglês, então comecei a estudar por conta própria, na internet, com livros e apostilas o que fosse possível, fiquei nesta uns seis meses, mas não obtive os resultados que esperava. Juntei com mais alguns malucos e resolvemos montar uma turma para aprender melhor. Na busca por um professor/professora encontramos uma tão maluca quanto a gente e o único horário possível era no sábado as 6:00h da manhã. Imagina acordar no sábado, depois de uma semana de trabalho as 5:30h para assistir aula de inglês? Este grupo durou pouco mais de seis meses. Depois que a maioria do grupo desandou não era possível bancar a Prof. Sozinho, neste período decidi ingressar na faculdade, Engenharia de produção foi minha escolha. Tracei então uma meta para que quando eu me formasse eu estivesse fluente. Diante desta meta cinco anos era o tempo que eu tinha. 2011 ingressei na Faculdade e lá mesmo comecei a estudar inglês novamente em um curso muito barato da própria faculdade. Decidi começar do zero, já estava bem avançado, mas a gramática nunca foi o meu forte e eu mesmo percebi que eu falava muita coisa errado por não ter uma boa base. Mais dois anos de estudo focado tanto na engenharia como no inglês e um novo desafio, não havia pessoas suficientes para formar novas turmas no nível que eu estava e eu simplesmente tive que parar. Neste tempo já estava em um nível intermediário, conseguia me expressar, as vezes com muita dificuldade, mas estava praticando sempre e decidi dar um tempo. Coincidentemente nesta época recebi uma proposta de trabalho, dentro do próprio SENAI (onde eu já trabalhava a anos), de participar de um projeto onde teríamos uma expedição para a FINLÂNDIA. Meu coração bateu mais forte, pois a primeira pergunta quando me apresentaram a proposta foi: “Como está o seu Inglês?” Tomei coragem disse que estava bem avançado. Agarrei esta oportunidade com unhas e dentes e junto com isso fui inscrito em um novo curso atrelado ao meu trabalho, ou seja, o meu gerente recebia os relatórios das minhas atividades, eu era praticamente obrigado a dar um bom resultado.
Em meio à faculdade, o meu trabalho regular e projetos pessoais veio o Projeto Finlândia. Foi como um sonho. Na verdade foi a realização de um sonho. Este projeto visava capacitar instrutores do SENAI para realizar treinamentos de alta performance ligados a Olimpíada do Conhecimento. Além de estudos a distância o projeto era composto por três fases. A primeira no Brasil em Porto Alegre, a Segunda na Finlândia e a terceira novamente em Porto Alegre. Na primeira fase dois finlandeses vieram ao Brasil, lembro-me perfeitamente que esta experiência foi um divisor de aguas na minha vida, eu nunca antes havia conversado com alguém que não falasse português. Foi muito desafiador, mas ao mesmo tempo foi a concretização de muitos anos de estudo da língua inglesa. Meses depois veio a tão sonhada viagem para a Finlândia, uma semana inteirinha de palestras seminários e excursões, conhecendo o sistema de educação finlandês a cultura e muito mais, tudo isto em inglês e finlandês que é a língua nativa do país. Lá na Finlândia eu entendi o que os estudiosos chamam de imersão. Foi uma semana sem usar português pra nada. Foi Irado! O país é Irado! Voltando pro Brasil, mais alguns meses depois, tivemos a ultima fase do projeto e mais uma vez em Porto Alegre, passamos uma semana ao lado dos finlandeses, desenvolvendo o projeto. Nesta fase eu já estava confiante de que eu já estava fluente. Eu conseguia me expressar, às vezes com um pouco de dificuldade, mas já não tinha nenhum receio ou medo de estar em evidência.
Isto tudo aconteceu em 2014 eu já estava no 4º ano da faculdade e já tinha alcançado meu objetivo.
Em 2015 quando estava no ultimo ano da faculdade, tive uma nova oportunidade, participar em uma das áreas de conhecimento do Worldskills. O Worldskills é a maior competição de conhecimento no mundo, pessoas do mundo inteiro se juntam para demonstrar o melhor de suas instituições de ensino. Foram dezenas de países envolvidos só na pequena área que eu estava envolvido foram 11 países. Novamente me inscreveram em um novo curso de Inglês e foi mais um ano de estudos para participar deste projeto.
O que dizer desta experiência? Foi sensacional! Diferente da Finlândia onde o projeto tinha um cunho de capacitação em São Paulo no Worldskills eu estava ali para trabalhar. Era preciso dar resultado, eu era questionado por soluções e precisava liderar as vezes, tudo isto em inglês. Este foi pra mim a consolidação dos meus conhecimentos.
Já estou então 100% pronto? Não!!! Ainda tenho muito que aprender, uma nova língua está repleta de cultura, coisas que você não aprende do dia para noite, já estou bem satisfeito com o que aprendi, mas sem duvidas ainda há espaço para muito mais.
Resumo:
Seis meses por conta própria,
Seis meses com professora particular
Dois anos faculdade Pitágoras
Um ano de estudos a distancia pelo SENAI.
<<<Fluência>>>
Mais um ano de estudos a distancia pelo SENAI.
Vale a pena estudar!!! O Inglês me abriu portas que de nenhuma outra forma seriam possíveis.